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sábado, janeiro 28, 2012

Cenários de cinema e ecoturismo são os atrativos de Cabaceiras, PB

27/01/2012 10h34 - Atualizado em 27/01/2012 10h34

Após 30 produções, cidade recebeu o título de 'Roliúde Nordestina'. Monumentos naturais e cultura do bode movimentam economia local.

Lajedo de Pai Mateus é o principal atrativo da região (Foto: Maurício Melo/G1)
Lajedo de Pai Mateus é o principal atrativo da região (Foto: Maurício Melo/G1)
 
Apesar de ter apenas 5 mil habitantes, a cidade de Cabaceiras, na Paraíba, já entrou na rota dos amantes do ecoturismo no Brasil. A cidade ganhou popularidade depois de ser 'descoberta' por cineastas interessados nos cenários naturais típicos do semiárido e na boa luminosidade, que permitia mais tempo de filmagem por dia. Uma das produções mais famosas é a minissérie O Auto da Compadecida, gravada na região em 1998.

Desde então, Cabaceiras transformou-se em 'set' para, pelo menos, 30 filmes entre documentários e ficções. A vocação para o cinema e o clima seco semelhante à Hollywood original norteamericana lhe renderam o título de 'Roliúde Nordestina'. No currículo, além da adaptação das aventuras de Chicó e João Grilo criadas pelo escritor paraibano Ariano Suassuna, estão os filmes 'Cinema, Aspirinas e Urubus', 'Romance' e a microssérie 'A Pedra do Reino'. As gravações mais recentes foram feitas para a novela 'Aquele Beijo'.

O município fica localizado a 199 km da capital João Pessoa e o acesso se dá por estradas estreitas, incluindo trechos de terra. Para quem viaja de ônibus, é possível sair de Campina Grande, que fica a 66 km de distância. A cidade está localizada na microrregião do Cariri paraibano, ornamentada por uma vegetação rasteira que se alterna entre galhos secos e um verde discreto. Apesar de registrar o menor índice pluviométrico do país, as plantas locais conseguem alcançar lençóis freáticos e deles obter água.

As boas-vindas são dadas pelo letreiro 'Roliúde Nordestina', instalado em uma serra na entrada da cidade. Depois da parada obrigatória para foto, o visitante encontra o espaço que sedia anualmente a Festa do Bode Rei, criada em 1998 para valorizar a caprinovinocultura. De acordo com o Sebrae, o evento dura quatro dias e atrai cerca de 50 mil pessoas.

O bode, que antes era visto como alimento para famílias pobres, hoje é uma das principais atividades econômicas do Cariri. Sua carne ganhou espaço em mercados, virou recheio para almôndegas, pizzas, linguiças, estrogonofe (ou estrogobode), tapiocas (bodioca) e até panquecas e chega a ser estrela em festivais de alta gastronomia.

Cidade cinematográfica

A poucos metros de distância do local que sedia a Festa do Bode Rei, o turista já encontra o Centro da cidade, cujas casas antigas e até a cadeia pública foram cenários de filmes. A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade, abrigou algumas das últimas cenas de 'O Auto da Compadecida', onde os personagens são submetidos ao 'juízo final'. A infraestrutura das ruas teve que ser adaptada para o enredo, a exemplo de postes que foram retirados. Entre os moradores, muitos já acumulam um extenso currículo como figurantes.

Na mesma manhã, é possível visitar também o Memorial Cinematográfico, onde são expostas fotografias, roteiros e material usado nas gravações, e o Museu Histórico dos Cariris, que abriga antiguidades e peças artesanais produzidas na região. O artesanato local também é atração na Casa de Zé de Cila, apelido de José Nunes, figura da cidade que adora um bate-papo sobre recordações de acontecimentos históricos e que participou das grandes produções que passaram pelo local.

Como o bode é rei na cidade, a cabrita é a rainha. É dela que vem uma bebida típica que vale conferir antes do turista se despedir do Centro. É o Xixi de Cabrita, um licor suave que mistura leite de cabra, aguardente e baunilha. A receita completa, porém, é segredo.
Ribeira concentra produção artesanal à base de couro (Foto: Karoline Zilah/G1)
Distrito de Ribeira

Seguindo 14km por uma estrada de terra, chegamos ao distrito de Ribeira de Cabaceiras, comunidade rural que concentra a produção do artesanato em couro de cerca de 30 oficinas. Juntos, 72 'sócios' mantêm desde 1998 a Cooperativa dos Curtidores e Artesãos em Couro de Ribeira de Cabaceiras, que beneficia cerca de 200 pessoas diretamente. Batizada com o nome fantasia de Arteza, a cooperativa produz sandálias, chapéus, carteiras, bolsas, cintos e outros acessórios, tudo de couro de boi e bode.

Segundo o diretor presidente José Carlos de Castro, são mais de 100 anos de tradição dos curtumes com técnicas manuais de processamento do couro repassadas pais para filhos. Com a ajuda de consultorias sobre moda e gerenciamento, o que era rústico virou negócio e a cooperativa recebeu investimentos no maquinário para aprimorar o acabamento e aumentar a quantidade.

Hoje a Arteza distribui seus itens para venda em João Pessoa, Natal, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Também participou de feiras internacionais de artesanato, recebendo encomendas de Espanha, Portugal e Alemanha. Em sua sede no distrito de Ribeira é possível acompanhar o passo a passo do processo de criação das peças e comprar artigos para usar ou presentear.
Disposição dos blocos de pedra da Saca de Lã desafiam turista a acreditar que não houve interferência humana (Foto: Karoline Zilah/G1)
Disposição das pedras da Saca de Lã desafia turista a acreditar que não houve interferência humana (Foto: Karoline Zilah/G1)Saca de Lã

Saindo do distrito de Ribeira, o visitante segue de carro por mais 10km de estrada de terra para chegar até a antiga fazenda Tapera, que hoje abriga o Hotel Fazenda Pai Mateus. Adentrando a propriedade chega-se aos dois bens ecológicos mais preciosos de Cabaceiras: a Saca de Lã e o Lajedo de Pai Mateus. Ambos também serviram de locações para filmes, mas, além de atrair amantes da sétima arte para conhecer os cenários naturais, estão se tornando populares pelos passeios com trilhas e esportivos, como trekking, bike e rapel.

A primeira parada é o monumento natural Saca de Lã, que recebeu este nome por lembrar pacotes de algodão empilheirados de Campina Grande, na época em que a cidade era uma das maiores exportadoras do mundo. Devido ao sol forte, o guia Ribamar Farias recomenda que o passeio seja feito pela manhã, entre as 7h e as 10h. O visitante segue por um trilha de arbustos típicos da caatinga até se surpreender com o que vê pela frente: um monumento de pedras empilhadas.

Custa a acreditar que a obra não foi feita pelo homem, mas sim pela natureza. Segundo o guia, estudiosos dizem que um processo demorado – de milhares de anos – fez com que uma única pedra rachasse em blocos em forma de paralelepípedos. Além disso, a erosão molda as pontas, o que deixou a estrutura em forma de pirâmide. Árvores também crescem nas brechas e suas raízes ajudam a separar os blocos. “Diz a lenda que os egípcios se inspiraram na Saca de Lã para criar suas pirâmides”, brinca Ribamar.

Com a orientação de um guia de turismo capacitado, é possível escalar a Saca de Lã e adentrar suas rachaduras. As pedras são ocas por dentro, o que permite o aventureiro a chegar ao topo do monumento.

Lajedo de Pai Mateus

A formação rochosa de 1,5 km² é composta por cerca de 100 blocos de pedras arredondadas e foi eleita a primeira entre as Sete Maravilhas da Paraíba, em votação popular promovida pela Assembleia Legislativa em 2010.
Blocos do lajedo têm formatos curiosos, como a Pedra do Capacete (Foto: Maurício Melo/G1 PB)
Blocos do lajedo têm formatos curiosos, como a Pedra do Capacete (Foto: Maurício Melo/G1 PB)

O local recebeu este nome devido à lenda do curandeiro Pai Mateus, que teria morado em uma das pedras no século XVIII e era considerado pelos moradores como uma personalidade sagrada, por usar ervas medicinais em época de escassez de profissionais na região. Além da pedra em forma de 'cumbuca' de sopa invertida, onde ele teria morado, a Pedra do Capacete é uma das mais interessantes devido ao seu formato.

O melhor horário para visitação é entre as 15h e as 18h, durante o por do sol, que ilumina as rochas com um aspecto dourado – fenômeno responsável por atrair fotógrafos de várias partes.

Italiano Bruno De Nicola reconheceu cenários de novela pela cidade (Foto: Karoline Zilah/G1)

Italiano Bruno De Nicola reconheceu cenários de novela pela cidade (Foto: Karoline Zilah/G1)
 
O consultor em Comunicação italiano Bruno De Nicola mora no Brasil há sete anos, mas visita pela primeira vez a Paraíba. Depois de seis dias no estado, ele revela que sempre teve o desejo de conhecer a região e, apesar da beleza das praias, ficou impressionado com o processo de erosão e formatos das pedras da Saca de Lã e do Lajedo.

"Reconheci alguns cenários do começo da novela. Também gostamos muito também da receptividade dos moradores locais", comenta.

Uma das opções de passeio é a trilha por sítios arqueológicos. Nos pequenos lagos dos arredores, há fósseis de animais históricos e algumas pedras contêm inscrições rupestres ainda visíveis, que teriam sido deixadas por índios cariris há cerca de 12 mil anos. Acredita-se que o local era cultuado como sagrado e utilizado como centro cerimonial, por isso muitos visitantes consideram o espaço místico e perfeito para contemplar o por do sol e revigorar as energias.

Cerca de 100 blocos milenares de granito compõem paisagem do lajedo (Foto: Karoline Zilah/G1)

Cerca de 100 blocos milenares de granito compõem paisagem do lajedo (Foto: Karoline Zilah/G1)
Fonte: G1PB



João Pessoa tem igrejas e arquitetura que contam a história da cidade

26/01/2012 10h16 -


G1 monta roteiro com 10 pontos do Centro Histórico de João Pessoa.

Belezas arquitetônicas e a história da cidade se fundem.

Hotel Globo, em João Pessoa (Foto: Rammom Monte/G1)
Centro histórico de João Pessoa tem bela vista do pôr do sol (Foto: Rammom Monte/G1)

Quando se pensa em turismo em João Pessoa, a primeira coisa que vem à mente das pessoas são as belas praias que compõem a orla da capital paraibana. Conhecida por seu exuberante litoral de águas quentes, limpas e calmas, a cidade tem ainda uma rica estrutura arquitetônica que conta a história de uma das capitais mais antigas do Brasil.

Fundada em 1585, com o nome de Nossa Senhora das Neves, João Pessoa é considerada a terceira capital de estado mais antiga do Brasil, e conta com um grande acervo histórico-cultural. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Centro Histórico de João Pessoa abrange 502 edificações e uma área de aproximadamente 370 mil m².

Ao todo, segundo dados da Arquidiocese da Paraíba, a capital paraibana conta com 11 igrejas tombadas, tanto pelo IPHAN, como também pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP) (Confira os nomes das igrejas e as datas de tombamento no quadro abaixo). Pensando nisto, o G1 decidiu fazer um roteiro turístico que perpassa pelos principais pontos do Centro Histórico da cidade. O roteiro pode ser feito de carro ou a pé para os que têm mais disposição. Há também empresas turísticas que realizam este passeio.

Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em João Pessoa (Foto: Rammom Monte / G1 PB)
Igreja de Nossa Senhora do Carmo, na capital (Foto: Rammom Monte / G1 PB)

Como ponto de partida, escolhemos a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que fica localizada na Praça Dom Adauto, na Avenida Visconde de Pelotas, no Centro da capital. Além da igreja, na Praça também funciona a Arquidiocese da Paraíba. De lá, o turista pode se encaminhar a um dos principais pontos turísticos do Centro Histórico de João Pessoa, o Centro Cultural São Francisco, formado pela Igreja de São Francisco e pelo Convento de Santo Antônio, localizado na Praça São Francisco, também no Centro da cidade. (Veja o mapa abaixo).

Após conhecer o Centro Cultural São Francisco, o visitante pode se encaminhar para o ponto onde a cidade nasceu, onde foi construída a Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, localizada na Praça Dom Ulrico, ainda no Centro da capital. Depois de visitar a Catedral, o turista pode ir para o Mosteiro de São Bento, localizado na Avenida General Osório, Centro, e que fica a 500 metros de distância da Catedral.

Caso o turista decida fazer este roteiro em um dia de sábado, ele não pode deixar de conhecer a Praça Barão do Rio Branco, localizada na Avenida Duque de Caxias, onde, todos os sábados a partir do meio dia, acontece o “Projeto Sabadinho Bom”, realizado pela prefeitura de João Pessoa e que traz vários artistas para tocar o bom e velho Chorinho. Os shows são gratuitos

Praça Rio Branco (Foto: Rammom Monte / G1 PB)
Praça Rio Branco, onde nos sábados acontece o projeto "Sabadinho Bom" (Foto: Rammom Monte / G1 PB)

Após curtir uma boa música, o turista pode seguir pela avenida até chegar à Igreja Nossa Senhora da Misericórdia, a mais antiga da Paraíba. Depois de conhecer mais um pouco da história da cidade, o visitante pode ir para a Praça Vidal de Negreiros, mais conhecida como Ponto de Cem Réis, onde há o Paraíba Palace Hotel, inaugurado em 1937. Normalmente no Ponto de Cem Réis acontecem diversas manifestações artísticas, como shows, peças, danças, entre outras. O local foi recentemente revitalizado.

Ao sair do Ponto de Cem Réis, o visitante pode conhecer a Praça João Pessoa, também conhecida como Praça dos Três Poderes, onde atualmente funcionam o Palácio do Governo, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça e onde existe o prédio da antiga Faculdade de Direito (Antigo Colégio dos Jesuítas).

Após ter percorrido todo este roteiro, o turista pode pegar um táxi e se dirigir para o Hotel Globo, e conferir o pôr do sol às margens do Rio Sanhauá, um dos mais bonito de João Pessoa. O hotel fica no Pátio de São Frei Pedro Gonçalves, também conhecido apenas como Pátio de São Pedro, onde também está localizada a igreja de mesmo nome. Do hotel se tem uma ótima vista do Rio Sanhauá, muito apreciada pelos turistas.

Casal de irmãos canadenses visitam João Pessoa (Foto: Rammom Monte / G1)
Casal de irmãos canadenses visitam João Pessoa (Foto: Rammom Monte / G1)
 
Dentre estes turistas, estão os irmãos canadenses Rebeca e Samuel Laurin. Segundo Rebeca, que havia chegado em João Pessoa há apenas quatro dias, “a vista é maravilhosa”. “Faz apenas 10 minutos que estou aqui, mas já estou maravilhada com este visual. Eu sempre quis conhecer o Nordeste do Brasil e posso dizer que João Pessoa é um dos locais mais bonitos que já visitei”, confessou a canadense.

Já o administrador Samuel Laurin, de 25 anos, falou que esta foi a primeira vez que veio a João Pessoa. Ao ser perguntado sobre o porquê de escolher visitar o Centro Histórico e ver o pôr do sol do Hotel Globo, o canadense de Montreal disse que “quando viaja, prefere conhecer este lado histórico das cidades”. “Eu até já fui para a praia e vi o pôr do sol lá, mas eu prefiro este tipo de turismo. Estou adorando João Pessoa toda, é um lindo lugar”, afirmou Samuel.

Praça Antenor Navarro, João Pessoa (Foto: Rammom Monte / G1 PB)
Praça Antenor Navarro e seus belos sobrados (Foto: Rammom Monte / G1 PB)

Porém, antes de chegar lá, o turista passará pela Praça Antenor Navarro, local com belos sobrados coloridos que, durante a noite, funcionam como bares, cafés e galerias. É uma ótima pedida para quem, depois de um dia inteiro de passeio, ainda quiser aproveitar um pouco da vida noturna do Centro Histórico da cidade. Normalmente, nos fins de semana acontecem shows nos bares da região.

Depois de ter percorrido todo este trajeto, o visitante terá conhecido e apreciado um pouco da história de João Pessoa, da bela arquitetura dos prédios que compõem o Centro Histórico, além de se divertir com uma boa música nas praças Rio Branco e Antenor Navarro. Confira no infográfico abaixo um breve resumo da história de cada ponto turístico citado neste roteiro.

Roteiro histórico de João Pessoa (Foto: Arte/G1)
 
Fonte: G1PB
 
 

quarta-feira, janeiro 25, 2012

As carreiras que vão "bombar" este ano

Segunda, 23 de Janeiro de 2012 10h29


Aproximidade dos eventos esportivos que serão sediados no Brasil e o nível de emprego na construção civil brasileira, que registrou contratação de 298.549 novos trabalhadores no país entre janeiro e setembro de 2011 – segundo pesquisa mensal feita pelo SindusCon-SP com a FGV -, ajudam a montar o cenário das carreiras que estarão aquecidas este ano. Lucelia Borges, administradora de empresas, especialista em RH e coach da Start Total, empresa de consultoria de carreira e treinamentos, aposta em quatro grandes áreas que vão bombar em 2012. Segundo ela, construção civil, tecnologia da informação, recursos humanos e coaching são os setores que mais terão oferta de vagas.

Dentro deste grupo principal estão os operadores de máquinas e equipamentos na construção civil; programadores, profissionais especializados em mídias on-line, analistas de sistemas e gestores de projetos de TI; profissionais que trabalham com treinamento e capacitação de pessoas; e coaches – sobretudo ligados ao coaching esportivo – ganharão destaque e terão fortes chances de encontrar oportunidades de trabalho.

A especialista explica que, de um modo geral, o aumento na oferta de vagas de emprego nestas áreas está diretamente relacionado ao aquecimento da construção civil. “O setor já está bombando nos últimos anos e a tendência é de crescimento, tendo em vista o boom imobiliário e os eventos esportivos. Ligado a isso está o crescimento do setor de gastronomia aquecido por conta do turismo, além do aumento da demanda por profissionais como corretores de imóveis, arquitetos e designers de interiores”, ressalta.

Outras carreiras que, segundo Lucelia, ganharão bastante destaque por conta da demanda por profissionais que trabalhem com ensino à distância em universidades são os programadores de plataformas de EaD e profissionais especializados em cursos on-line. Com relação à área de Recursos Humanos, ela destaca que a procura por profissionais especializados em treinamento e capacitação de pessoas dentro das empresas se deve ao aumento do número de empregos ligado à necessidade de contratar colaboradores cada vez mais qualificados para o serviço.

Outra grande novidade para o ano que vem é o boom da carreira de coach no Brasil. De acordo com Lucelia, as empresas aumentaram a procura por esse profissional nos últimos anos por conta da mudança cultural dentro das organizações.

Qualificação ajuda a “pescar” vagas

O consultor de carreiras Edson Félix não aposta em nada de muito novo para o ano que vem. Para ele, setores que se destacaram em 2011 no que diz respeito à criação de empregos, tais como construção civil, tecnologia da informação e marketing/vendas continuarão bombando. “Nos últimos anos, temos notado um crescimento da classe ‘C’, que resulta no aumento do consumo e das exigências de qualidade dos produtos que, por sua vez, se torna mais consciente”, justifica. Para quem quer aproveitar o boom nessas áreas e pretende ingressar nestas carreiras, Félix recomenda que os interessados invistam em capacitação. “Quando falamos em qualificação, o recado vai mais longe do que se imagina. Graduação e pós-graduação não bastam. Fazer cursos, participar de palestras e ler bastante podem fazer grande diferença para o profissional”, aconselha.

Fernando Guedes, sócio-gerente regional de uma empresa de consultoria de recrutamento e seleção de executivos de média gerência, acredita que uma das áreas que mais se destacará no próximo ano é a de Engenharia, sobretudo de Petróleo, Mecatrônica e Mineração. Além disso, Guedes também aposta na Construção Civil como setor que mais criará vagas de emprego no próximo ano, devido à proximidade de eventos esportivos no Brasil. Outro setor que deve continuar em expansão, segundo Guedes, é a Tecnologia da Informação. “Jovens que estão estudando TI e que devem ingressar no mercado de trabalho em pouco tempo precisam ficar atentos a desenvolver um perfil inovador, além de investirem na qualificação para liderança de projetos”, recomenda.

Fonte: o norte.online

Seis em cada dez brasileiros pertencem à classe média, diz Datafolha

22/01/2012 - 07h00

Brasil é um país de classe média. Seis em cada dez brasileiros com 16 anos ou mais já pertencem a esse grupo, segundo o Datafolha.

Com 90 milhões de pessoas --número superior ao da população alemã--, a classe média brasileira, no entanto, está longe de ser homogênea.

A variedade de indicadores de renda, educação e posse de bens de consumo permite a divisão dessa parcela da população em três grupos distintos que separam os ricos dos excluídos.

O acesso crescente a bens de conforto --como eletroeletrônicos, computadores e automóveis-- é o que mais aproxima as três esferas da classe média brasileira.

A partir da medição da posse desses itens, a população é divida em classes nomeadas por letras.

O Brasil de classes médias é aquele que está conseguindo escapar dos estratos D e E, deixando para trás os excluídos, mas ainda quase não tem presença na classe A.

Ganhos de renda --consequência de crescimento econômico mais forte e políticas de distribuição de renda-- e maior acesso a crédito contribuíram para essa tendência.

"Aumentos de renda que parecem pequenos para a elite têm representado uma revolução para as classes mais pobres", afirma o economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Se a posse de bens de consumo aproxima as três classes médias brasileiras, indicadores de renda e educação ainda os distanciam.

Rendimento e escolaridade mais elevados são, por exemplo, características que afastam os brasileiros da classe média alta dos outros dois estratos. Já as linhas que separam os integrantes das classes médias intermediária e baixa são mais tênues.

A renda da classe média baixa ainda é, por exemplo, mais elevada do que a da classe média intermediária.

No entanto, os integrantes bem mais jovens da classe média intermediária têm melhores perspectivas econômicas por conta de avanços educacionais mais significativos nos últimos anos.

Esse grupo é o que mais se expandiu no país na última década. Com 37 milhões de pessoas (de 16 anos ou mais), só perde para os excluídos, que ainda formam a classe mais numerosa no Brasil, embora tenham encolhido.

Apesar da expansão significativa da classe média, há quem ainda não sinta fazer parte do grupo. É o caso de Rosiley Marcelino Silva, 46. Casada e mãe de dois filhos adultos, ela vive da venda de salgados e do salário do marido, ajudante de caminhão.

"Não acho que tenho vida de classe média. Mas agora dá para sobreviver", diz Rosiley, que foi classificada pelo Datafolha como classe média intermediária.

A vulnerabilidade da nova classe média é uma questão que preocupa as autoridades.

"Nós estamos tentando pensar em políticas que ajudem essas pessoas a não retornarem para a pobreza, porque esse é um risco", afirma Diana Grosner, economista da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Segundo ela, o governo trabalha agora em uma definição oficial de classe média e, depois, poderá dividi-la em até três grupos distintos para elaborar políticas específicas de acordo com as necessidades de cada um deles.

Fonte: folha.com