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quinta-feira, julho 19, 2012

Contando jornada doméstica, mulher trabalha mais do que homem, diz OIT

G1
Estudo divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta quinta-feira (19) mostra que as mulheres trabalham mais do que os homens no Brasil quando se calcula o tempo total de trabalho, o que inclui os afazeres domésticos e a jornada formal no mercado de trabalho.
Os números, relativos ao ano de 2009, mostram que as mulheres têm uma jornada de cerca de cinco horas a mais por semana do que os homens. A OIT informou que os homens trabalham, em média, 43,4 horas por semana no mercado de trabalho e outras 9,5 horas em casa, perfazendo uma jornada semanal de 52,9 horas. Ao mesmo tempo, as mulheres têm uma jornada total de 58 horas semanais, sendo 36 horas no mercado formal de trabalho e 22 horas em casa.
"Entre o conjunto das mulheres brasileiras inseridas no mercado de trabalho, uma expressiva proporção de 90,7% também realizava afazeres domésticos, enquanto que entre os homens tal proporção era significativamente inferior: 49,7%. Essas trabalhadoras, além da sua jornada semanal de 36 horas, em média, no mercado de trabalho, dedicavam cerca de 22 horas semanais aos afazeres domésticos, ao passo em que entre os homens tal dedicação era de 9,5 horas semanais, ou seja, 12,5 horas a menos", informou a OIT no levantamento.
Políticas de 'conciliação'
Para Laís Abramo, diretora da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, esse quadro mostra que são importantes políticas de conciliação entre trabalho, vida pessoal e vida familiar. "É muito importante que haja políticas públicas e empresariais que facilitem a conciliação. Tem a ver com a disponibilidade de creches, com a melhoria do transporte, e com a questão das jornadas flexíveis, além de um compartilhamento maior dos afazeres domésticos", avaliou ela.
Homens participam de 'atividades interativas'
O estudo da Organização Internacional do Trabalho informa ainda que a participação dos homens nos afazeres domésticos está mais concentrada em "atividades interativas", como a realização de compras de mantimentos em supermercados, o transporte dos filhos para a escola e "atividades esporádicas" de manutenção doméstica, como reparos e consertos no domicílio.
"Uma informação do suplemento da PNAD de 2008 é bastante ilustrativa dessa situação: cerca da metade (49,7%) das pessoas de 14 anos ou mais de idade costumavam fazer faxina no próprio domicílio, sozinha ou com a ajuda de outra pessoa. Enquanto que esta prática era comum para 72,1% das mulheres, entre os homens era de apenas 25,4%", informou a OIT.
Redefinição das relações
A OIT concluiu, no estudo, que a "massiva incorporação" das mulheres no mercado de trabalho não vem sendo acompanhada de um "satisfatório processo" de redefinição das relações de gênero com relação à divisão sexual do trabalho, tanto no âmbito da vida privada, quanto no processo de formulação de políticas públicas e de ações por parte de empresas e sindicatos, especialmente no concernente às responsabilidades domésticas e familiares.
"A incorporação das mulheres ao mercado de trabalho vem ocorrendo de forma expressiva sem que tenha ocorrido uma nova pactuação em relação à responsabilidade pelo trabalho de reprodução social, que continua sendo assumida, exclusiva ou principalmente, pelas mulheres", informou o estudo da OIT.
Fonte: ClickPB

quarta-feira, julho 18, 2012

Número de mortes por Aids cai 24% entre 2005 e 2011, diz ONU

G1

Um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentado nesta quarta-feira (18) aponta que o número de mortes por Aids em todo o mundo caiu 24% entre 2005 e 2011.

O total de óbitos passou de mais de 2,2 milhões há sete anos, quando atingiu o ápice, para 1,7 milhão no ano passado. O dado indica uma melhoria no tratamento com remédios antirretrovirais e na sobrevida dos pacientes.
Na década de 1980, o tempo de vida dos soropositivos era, em média, de cinco meses. Hoje, chega a dez anos ou mais.

Em 2011, a quantidade de novos infectados pelo vírus HIV foi de 2,5 milhões de pessoas, dado considerado baixo pela ONU. Ao todo, 34,2 milhões de pessoas no planeta são soropositivas. O número, relativo a 2011, é o maior já verificado pela entidade.

Na opinião do coordenador brasileiro da Agência das Nações Unidas de Luta contra a Aids (Unaids), o médico Pedro Chequer, a universalização do acesso ao tratamento da doença tem tido papel fundamental na sobrevida dos indivíduos contaminados. Nesse ponto, segundo ele, o Brasil apresenta uma conduta exemplar.

"Queremos acesso universal ao tratamento até 2015. Parte dessa vitória se deve ao Brasil. Desde os anos 1990, o país se mantém firme na política de tratamento, apesar de momentos de dificuldade econômica", disse Chequer.

A postura do Brasil, na opinião do representante da ONU, se reflete na cobertura de tratamento com medicação antirretroviral usada na América do Sul, com atendimento a 70% dos doentes. Esse é o maior alcance de todos os continentes.

O relatório da ONU também enfatiza a necessidade de combater a discriminação em relação à Aids. Chequer destaca que o preconceito ainda é um grande vilão, difícil de combater, contra a prevenção e o tratamento do HIV.

"Das nossas metas, uma das mais difíceis é zerar a discriminação", afirmou.
Fonte: ClickPB