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quarta-feira, novembro 30, 2011

Fábrica de delinquência

Poucas notícias são tão trágicas para um país: 1/5 dos adolescentes brasileiros está fora da escola, segundo o relatório que acaba de ser divulgado pelo Unicef. O que significa 1/5? Significa mão-de-obra barata para nossa fábrica de delinquência.

Estamos falando aqui de 4 milhões dos jovens, uma parte deles nem estuda nem trabalha. Quantos fatores podem criar um ambiente mais propício à marginalidade e, portanto, à violência? Basta ver, aliás, como é alto o nível de violência entre os jovens, segundo os dados agora divulgado pelo IBGE.

São jovens que foram de algum jeito expulsos pela escola e, muitas vezes, não conseguem entrar no mercado de trabalho. E, se entram, têm baixa qualificação. Vivem em comunidades com baixas perspectivas e famílias desestruturadas.

Se quisermos levar a sério a questão social brasileira --a começar pela segurança--, saber como manter o jovem da escola e ao mesmo tempo prepará-lo para o mercado de trabalho é um dos nossos desafios do século. E vai exigir não que se faça o melhor do mesmo, e sim propostas diferentes e criativas, usando cultura, tecnologia, esporte e comunicação, entre outras coisas, para atrair os estudantes.
Daí que o debate, limitado a educadores e pedagogos, sobre o ensino em geral, e o ensino médio em geral, tem de ir para a rua --e tirar o jovem dela.

Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.

Fonte: folha.com

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